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Começa aqui, à sombra do pé de cedro, mais uma etapa na missão cidadã e institucional de democratizar o acesso à informação e combater a desinformação.

A evolução da rede mundial de computadores, a ampliação da disponibilidade de serviços de comunicação e a progressiva acessibilidade à recursos de comunicação e informação provocaram uma gigantesca modificação na forma como relacionamo-nos com a informação, especial e mais radicalmente quando consideramos as particularidades de um segmento populacional designado como “nativos digitais”, pessoas que nasceram num ambiente permeado pelas consequências de revolução digital já consolidada e radicalizada, de tal sorte que são dotados de grande familiaridade e habitualidade na utilização dessas novas tecnologias.

Tais modificações sísmicas nos modelos de comunicação e de obtenção de informações geraram consequências igualmente consideráveis nos modelos de aprendizagem e, como não poderia deixar de ser, no Ensino Jurídico. Segundo MARQUES, “os antigos recursos, repositório de jurisprudência, aulas unicamente expositivas, vêm cedendo espaço para o uso da informática e da internet, pois os próprios órgãos da atividade jurídica estão arraigando seus esforços com a finalidade de transformar seus sistemas em ferramentas mais ágeis e com maior interação, como p.  ex.  processos eletrônicos, revistas de jurisprudência e doutrina por meio digital”.

Com a gigantesca ampliação do volume de informações disponível na rede mundial de computadores, não é exagero dizer que nunca tantos dados estiveram disponíveis a tantas pessoas com tanta facilidade. Porém, uma consequência indesejada de tal ampliação é o fato que nesse oceano de informações existem vastos espaços povoados por desinformação, obscurantismo e teorias da conspiração.

Segundo SUGAHARA e VERGUEIRO “na estrutura social em rede as conexões podem funcionar como fontes de orientação e desorientação das sociedades.  Como uma forma global de organização, a rede tem por princípio a participação individual e dos seus pares como base para seu delineamento e expansão”.

Ao mesmo tempo que as conexões em rede servem como formas de orientação, servem também como formas de desorientação, como se dá, em perfeito exemplo, com a disseminação de fake news, com nefastas consequências sociais, especialmente na fragilização dos processos democráticos.

Nessa senda, uma das habilidades que há de ser necessariamente desenvolvida no processo de aprendizagem é a competência de encontrar, nesse universo gigantesco de informações, quais são as fontes confiáveis de informação e quais não passam de instrumentos de confusão e desorientação. E no contexto da responsabilidade social e da atuação cidadã, cumpre ainda não só informar-se, mas também, tornar a si próprio como um difusor do conhecimento. Ainda, considerando a missão institucional de disseminar o conhecimento, a criação de uma plataforma de informações jurídicas colabora na persecução de tal finalidade, contribuindo no combate à desinformação e no aperfeiçoamento da cidadania através da divulgação de informações relacionados com direitos fundamentais.

A criação de boletim informativo jurídico em formato digital com artigos noticiosos relacionados com temáticas jurídicas elaborados por alunos do Curso de Direito e Letras é uma ação que vai ao encontro da satisfação de todos os imperativos retromencionados, alinhando atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão com o propósito de criar uma plataforma de comunicação social hábil a oferecer informações jurídicas confiáveis.

Pautados por esses ideais, nós convidamos você para participar da criação de um novo veículo de informações jurídicas. Vamos juntos nesse mundo digital!

#SOUUFMS